Donald Trump Jr., o filho mais velho do presidente dos Estados Unidos, fez um investimento na Thumzup Media Corp, uma empresa de marketing nas redes sociais que está experimentando uma abordagem bem interessante para suas finanças: usar Bitcoin (BTC) como parte de sua reserva.
Atualmente, Trump Jr. possui 350.000 ações da Thumzup, o que equivale a quase 3,3 milhões de dólares, com cada ação sendo negociada a cerca de 9,50 dólares. Essa manobra tem chamado a atenção, principalmente pelo momento em que o mercado de Bitcoin está, com muitos se perguntando sobre o futuro dessa moeda digital.
No final de 2024, a Thumzup recebeu a aprovação de seu conselho para utilizar Bitcoin como parte de sua tesouraria corporativa, permitindo a compra de até 1 milhão de dólares em BTC. O CEO da empresa, Robert Steele, comentou que essa decisão faz parte de uma estratégia mais ampla. Ele acredita que, com a recente aprovação de ETFs de Bitcoin e o crescente apoio de investidores maiores, a inclusão do Bitcoin na tesouraria é uma jogada inteligente, já que a moeda tem um suprimento limitado e se mostra resistente à inflação.
Além disso, em maio, a Thumzup deu um passo ousado ao registrar um plano na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para levantar 200 milhões de dólares através de dívidas e ações. O objetivo? Financiar a compra ainda maior de Bitcoin.
Atualmente, a empresa já possui 19,11 BTC, que estão avaliados em mais de 2,1 milhões de dólares. Esse investimento começou em janeiro, quando a Thumzup começou a acumular Bitcoin.
A crescente popularidade de empresas adotando essa estratégia desde 2024 levantou algumas questões entre os analistas. Muitos deles se perguntam se isso é um modelo viável a longo prazo. Seria apenas uma moda passageira, ou essas empresas vão realmente permanecer no mercado?
## Analistas e maximalistas de BTC duvidam dos imitadores da Strategy
Um nome importante nesse debate é Michael Saylor, cofundador da Strategy. Ele popularizou o conceito de empresas usando Bitcoin como parte de suas reservas desde que sua própria companhia, uma software house, tomou essa iniciativa em 2020.
Desde então, 258 instituições decidiram seguir o mesmo caminho, incluindo várias empresas públicas e firmas de investimento. Isso mostra que a ideia realmente ganhou força.
Por outro lado, alguns analistas não estão tão otimistas. Eles acreditam que muitos que mimetizam a Strategy podem acabar decepcionando, pois não parecem ter a mesma convicção em relação ao Bitcoin. O maximalista Max Keiser é um deles. Ele afirma que Saylor e sua equipe já foram testados em diversos ciclos de mercado, enquanto essas novas empresas que adotam a tesouraria em BTC ainda não enfrentaram períodos prolongados de baixa.
Um relatório da firma de venture capital Breed, divulgado em junho, reforça essa visão. O documento sugere que a maioria dessas novas iniciativas não vai sobreviver e pode entrar em um ciclo de problemas quando o preço do Bitcoin começar a cair.
No fim, o que fica claro é que a adoção do Bitcoin como ativo corporativo trouxe um novo fôlego para o debate sobre o valor e a durabilidade dessa criptomoeda no mundo dos negócios.
